O Kirov traz a BH um dos balés mais tradicionais do repertório internacional, O lago dos cisnes, e a grande possibilidade de que as apresentações em Belo Horizonte, em alguns momentos, tenham mais brilho que as realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro desde a chegada da companhia ao Brasil, há poucos dias. O motivo é simples. O palco do Palácio das Artes tem boca de cena maior que a do Teatro Municipal de São Paulo e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. E O lago dos cisnes, na versão Kirov, é grandiosa.
O Kirov mantém sua versão de O lago dos cisnes com obsessão arqueológica. É versão menos sintética que a do Bolshoi ou a do Ballet Nacional de Cuba, que já passaram por aqui: sem contar os dois intervalos, são mais de duas horas de espetáculo (o primeiro e o segundo ato do enredo são apresentados, nesta versão, como cenas em ato único, quase sem interrupção).
A obsessão com a autenticidade acaba funcionando também como testemunho da própria história da dança: o Kirov e seu O lago dos cisnes trazem para nós o olhar do homem do século 19, e insistem em confrontá-lo com as contradições de nossa contemporaneidade – inclusive nossa obsessão com a preservação do passado.
KIROV
Grande Teatro do Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Em 8, 9 e 10 de setembro, às 20h30. Inteira: R$ 160 a R$ 250. Sessões esgotadas.
Um pena mesmo que a compaanhia não conseguiu abrir para BH uma apresentação extra, devido a agenda de shows do corpo de Balet.
1 comentários:
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Beijos.
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